Empresa Grant

Sorri toda traquina assim que já estava no seu colo e assim que ele deitou a cabeça no meu ombro, passei as pontinhas dos dedos pelo seu cabelo.
- Eu sabia, já não vives sem mim.- murmurei, roçando os meus lábios na sua bochecha, rindo-me depois.- claro que consigo.- disse com um sorrisinho, ficando apenas encostada a ele.- olha eu quietinha.

Ri-me passando os dedos pelo seu braço - estás paradinha por pouco tempo que eu sei - disse ainda com a cabeça encostada ao seu ombro, ficando a dar-lhe festinhas no braço. Precisava de descansar um bocado e não sentir nada, às vezes era bom, sentir nada não me fazia sentir mais vivo mas era bom, fazia bem a todos os seres vivos - eu sou um idiota às vezes - ri-me - não fiques chateada se eu fizer alguma coisa, dá-me um desconto.

Virei a cara, vendo os meus dedos a deslizarem pelo seu cabelo e acabei por me esticar, beijando-lhe a testa. Não consegui não me rir ao ouvi-lo, mas rapidamente fiquei mais séria, empinando ligeiramente o nariz.
- Não não.- abanei a cabeça.- vou ser extremamente santa a partir de agora.- gozei, ficando só a fazer-lhe festinhas.- nada de beijos nem provocações.- semicerrei-lhe os olhos, sorrindo depois ao ouvi-lo falar.- eu também não sou melhor, por isso.- encolhi os ombros.- eu não me chateio se também desculpares as minhas parvoíces.- mordisquei o meu lábio, encostando a minha cabeça à sua.

-Duvido que consigas ser - disse passando os dedos pela sua bochecha aproximando-me perigosamente dos seus lábios sem a beijar. Sorri roçando o meu nariz no dela - eu não consigo ser, e verdade seja dita nós somos iguais - passei os dedos pelo seu cabelo ficando com os olhos fechados. - eu desculpo.

Baixei o meu olhar para os seus lábios quando senti a sua respiração mais perto da minha e engoli em seco, fechando os olhos durante segundos.
- Se não me provocares, eu também não te provoco, se bem que as tuas provocações não surtem qualquer efeito.- encolhi os ombros, ajeitando-me no meu colo e depois abanei a cabeça com um sorrisinho.- nós não somos bem iguais, eu sou mais sexy.- disse, tendo de me controlar toda para não sorrir marota. Olhei para as minhas mãos no seu cabelo e acabei por sorrir ao de leve, assentindo.- ainda bem, porque eu também não me vou chatear contigo.

-Eu gosto de te provocar - disse passei os dedos pelo seu cabelo roçando o meu lábio no seu inferior - és mais sexy? - perguntei levantando as sobrancelhas - tens que ir ver as minhas fotografias de hoje para ver o que é que é ser sexy - beijei-lhe o pescoço levantando-a para me levantar também - eu tenho que ir para casa, mas amanhã já sabes. - dei um passo para trás quando ouvi a porta a abrir e já só vi Dianne com os olhos meio vermelhos.
-Eu tenho que ir a casa, a minha filha está com febre de novo, o senhor Grant disse para cuidares do meu lugar - ela engoliu em seco, estava toda desorientade e nervosa. Quando fui para abrir a boca ela já tinha ido a correr, ia ver se ela estava bem, mas não valia a pena, falava depois.

- Podes logo dizer que não resistes Jayjay, não faz mal.- pisquei-lhe o olho e ri-me depois da sua cara e do que ele disse.- eu até posso ir ver, mas a minha opinião não vai mudar.- encolhi os ombros, acabando por sorrir toda provocadora.- não preciso de saber tirar fotos para te ensinar como ser sexy.- ri-me baixinho, levantando-me quando ele fez o mesmo e ia abrir a boca para voltar a falar quando a porta de abriu de repente, era a loira oxigenada. O que é que ela queria? Tentei não revirar os olhos, nem nada parecido e apenas assenti, vendo-a ir embora toda apressada. Olhei para Jayden vendo que ficara preocupado e mordi-me toda para não dizer nada.- parece que não é desta que vou embora.- murmurei, olhando-o.- bem, até amanhã.- estiquei-me para lhe dar um beijinho.

-Não precisas de me ensinar a ser sexy, eu já fui muito sexy contigo acho que não me podes desmentir - disse puxando-a pela camisola beijando-a logo de seguida.
-Podes pedir para ir mais cedo, o meu pai nao se importa - dei-lhe uma festinha no cabelo e voltei a olhar para a porta, que tinha ficado meia aberta - vai lá - abri a porta saindo à sua frente - até amanhã.

Semicerrei os olhos quando ele conseguiu dar a volta ao que eu disse, ficando com tudo a seu favor e depois de ele me puxar para ele, mordi-lhe o peito em forma protesto.
- Foste um bocadinho sexy.- acabei por dizer, esticando-me até chegar aos seus lábios.- até amanhã.- murmurei, depois de assentir quando ele disse que podia falar com o seu pai, era isso mesmo que ia fazer, estava sem paciência para estar ali. Ainda por cima agora que as coisas tinham ficado muito menos interessantes sem ele.

-Um bocadinho muito - sorri enquanto ia embora colocando as mãos dentro dos bolsos e dirigindo-me até ao meu carro, tinha que chegar antes da minha mãe ou ela ainda tinha um carro. Felizmente consegui fazê-lo, tirei a minha roupa, ou ela ia logo perceber que tinha ido trabalhar e só tinha chegado agora e desci para a cozinha, indo fazer o lanche que ela mandava todos os dias as empregadas fazerem-me. Como se melhorasse alguma coisa.

Aproveitei que a loira ainda não lhe tinha levado as minhas folhas, para pegar nelas. Assim, entregava-lhe as folhas e pedia-lhe para ir embora, podia ser que resultasse. Parei junto à porta do seu gabinete, ajeitando as folhas que estavam a escorregar e pousei a mão sobre a maçaneta, abrindo a porta de repente. Se havia coisa que eu não estava à espera, era de ver o que vi. Uma mulher deitada sobre a sua secretária, quase tdoa despida e aos gemidinhos, enquanto ele lhe fazia sabe-se lá o quê. Arregalei os olhos, tendo de os piscar algumas vezes, e só depois me apercebi do quão benéfico aquilo era para mim. Com que então, o riquinho mor andava a trair a doutorazinha. Pelos vistos não era tão boa na cama como a matar pessoas.
- Oh meu deus.- murmurei.- eu..eu peço desculpa, pensei que estava sozinho.- fingi gaguejar.- eu volto depois.- disse, saindo o mais rápido que consegui. Agora sim, podia dizer que a vingança ia mesmo começar.

-Onde é que está o teu pai? - perguntei a minha mãe pela milésima vez fazendo-me revirar os olhos, ela estava a mexer toda nervosa no telemóvel e já me estava a enervar também.
-Estás a perguntar-me a mim? - resmunguei vendo-a olhar-me e respirar fundo antes de olhar.
-Tem calma ele deve estar quase a chegar - não consegui não me rir.
-Mãe, a nervosa aqui és tu - saltei do banco da cozinha e olhei-a - a Dianne tem a filha doente e está em casa com ela, é a nova empregada que está como secretária hoje. Deve estar só atrasado.
-Está sempre atrasado agora - encolheu os ombros voltando a sentar-se, já estava a virar costas quando ouvi um bip do hospital- Jayden! - olhei para mim com um sorriso gigante e eu apenas apontei para o dela.
-É uma emergência não é a minha salvação - disse-lhe vendo o seu sorriso desaparecer. Nós os dois tinhamos um bip, ela tinha porque era médica, eu tinha porque era um doente em lista de espera e assim que aparecesse um doar fiável mandavam-me uma mensagem para o bip.
-Tenho que ir - suspirou vindo na minha direcção para me dar um beijo na testa - vai deitar-te, está bem?

*paizão*

Levantei a cabeça com o coração aos pulos quando ouvi a porta ser aberta e senti o meu coração fugir para todo o lado ao ver a novata a olhar-nos. Dei uma chapadinha na perna de Erin para que se vestisse e levantei-me fazendo o mesmo. - Ivy - fui atrás dela olhando-a - sabe o que é bater à porta? - perguntei.

Fui para trás do balcão da outra, pousando as folhas sobre o mesmo com um sorrisinho, mas rapidamente fiquei séria mal ouvi a porta do gabinete do riquinho abrir-se. Endiretei-me, virando-me para ele, e juntei as sobrancelhas, fingindo engolir em seco.
- Desculpe.- voltei a pedir.- eu não sabia que estava acompanhado, eu juro que não foi por mal.- coloquei uma mecha de cabelo de forma desajeitada atrás da orelha.- peço imensa desculpa.

*grant grande*

Estava metido numa grande alhada. Suspirei passando a mão pela testa. Senti um apalpão no cu vendo Lindsay sair com um sorriso e abanei a cabeça - Está tudo bem Ivy, não tem culpa - apesar de que podia ter batido - apenas não conte a ninguém está bem? - perguntei. - É a minha vida privada sou eu que trato dela.

Fiquei a olhar para o riquinho, sempre com a minha expressão preocupada e soltei um suspiro mais desncasado assim que o ouvi falar. Tudo fingido, claro.
- Não se preocupe, a minha boca é um túmulo.- disse, tentando não esboçar nenhum tipo de sorriso. A minha boca era tudo menos um túmulo, em todos os sentidos.- quer dizer.- acabei por me virar de novo para ele, acabando mesmo por sorrir.- acho que um pequeno incentivo para que eu não falasse era sempre melhor.- encolhi os ombros.- a sua mulher é capaz de não gostar de saber o que você anda a fazer.

Olhei para a miúda sorrindo ligeiramente, eu tinha que falar com a minha melhor, mas era um dia, um dia mais tarde quando tudo estivesse bem com Jayden. Só estava à espera desse dia. Ia voltar para o meu escritório quando Ivy voltar a falar e semicerrei os olhos. - Estás a chantagear-me? - perguntei respirando fundo. Não acreditava que tinha chegado a este ponto.

Fiquei a olhar para o homem e assim que a sua expressão mudou, o meu sorriso aumentou. Eu tinha vindo para aqui com um objetivo, e ia cumpri-lo, custasse o que custasse.
- Eu? - fingi-me de indignada, tocando com uma mão no peito.- o que é que acha? - acabei por perguntar.- quer dizer, podemos apenas considerar isto como uma sugestão para os dois sairmos a ganhar.- sorri-lhe.- você dá-me dinheiro e continua sua vidinha de marido infiel.- passei uma mão pelo meu cabelo.- ou então, a sua mulher pode sempre ficar a saber, se preferir assim.- voltei a encolher os ombros.- acho que ela ia adorar saber, não acha?.

Cerrei o maxilar com a insolência daquela miúda, ela sabia que ia ter o que queria e o que me irritava era isso. - De quanto? - perguntei - mas - disse logo de seguida - a minha mulher não vai saber de nada. - avisei-a - caso contrário, está despedida.

Fiz um ar pensativo assim que ele me perguntou quanto queria e assim que me decidi, voltei a olhá-lo.
- Quero um aumento de mais oitocentos euros.- disse, encolhendo os ombros.- não é negociável.- disse logo, soltando uma breve gargalhada quando me tentou ameaçar.- se me despedir, só vai ser pior para si.

Mais oitocentos euros? A míuda... tentei acalmar-me, era a minha família que estava em jogo e neste momento Jayden precisava de uma família o mais estável possível. - Se contares a alguém acredita que não há nada pior para mim - disse dando dois passos para trás e virei costas - pago-te no fim do mês - fechei a porta do meu escritório passando as mãos pelo cabelo.

Apenas revirei os olhos ao que ele me disse, quando me ameaçou de novo, mas nem disse nada. Eu sabia que ele ia dar-me o que eu queria, ele não era burro ao ponto de me querer ver chateada ou até mesmo de me fazer contar a verdade. Sorri assim que o ouvi dizer o que eu já sabia e assenti.
- Foi um prazer falar consigo.- disse-lhe, antes de ele entrar no seu gabinete e abanei a cabeça enquanto me ria. Isto ia ser tão divertido.

-O teu pai nunca mais chega, estou a ficar maluca, já fui atender uma emergencia e tudo - era a minha mãe, gemi baixinho por já estar quase a dormir e agarrei-me melhor à almofada.
-Mãe, foste tu que disseste para descansar, deixa-me fazê-lo - ela suspirou deitando-se ao meu lado e substitiu a almofada pelo seu colo fazendo-me sorrir levemente e agarrar-me à sua cintura.
-Eu fico contigo, não me apetece estar sozinha. - suspirou.

A noite de ontem tinha passado a correr. Josh não tinha vindo para casa, mais uma vez, e por isso tinha ido para a cama cedo. Acordei à mesma hora de sempre e depois segui para a diferença. Amanhã era o meu dia de folga e por isso, hoje estava animada, ainda para sabendo o que ia acontecer mais logo. Por falar nisso, olhei para por cima do ombro para a minha secretária assim que ouvi o meu telemóvel vibrar. Coloquei uma folha já a imprimir e li a mensagem, dando por mim a sorrir.

*mensagem*
eu sabia que ias adorar. Isto são horas de acordar? A impressora fica tão sem graça quando não estás aqui.

Levantei-me da cama indo até à varanda vendo o meu irmão numa espreguiçadeira a apanhar sol. Acabei por me sentar num sofá que estava ao canto da parede e agarrei no meu telemóvel rindo-me da mensagem que ela me tinha enviado.

*mensagem*

eu gosto de dormir, quando é que acabas o trabalho? Acho que a minha mãe já se foi embora.

Aproveitei que estava à espera da sua resposta para pegar no monte de folhas já imprimdas, colocando-o depois em cima da secretária, isto era todos os dias igual. Peguei no meu telemóvel assim que o ouvi tocar e li a sua mensagem, ficando com um sorrisinho todo maroto enquanto olhava o telemóvel.

*mensagem*
Estou mesmo a acabar, isso são tudo saudades minhas?