Discoteca "HK"

. Isso é fixe! Eu ainda ando à procura de casa! Contei.

Fui com ela.

Encerrado.

Depois de voltar a casa, disse ao meu pai que tinha contratado logo uma rapariga e, ao contrário do que eu pensava, ele agradeceu-me. Pelos vistos andava desesperado por alguém que tirasse fotocópias. Subi para o meu quarto e esperei pela minha mãe. Sim, ela vinha ver-me quando chegava do trabalho, era paranóica comigo, media-me a tensão, ouvia-me o coração e fazia questão que estivesse pelo menos dois minutos a inspirar e a expirar. Já estava tão habituado que não reclamava. Hoje queria impedir-me de sair, dizia que já tinha estado melhor e que não queria arriscar, mas eu disse que tinha um encontro, e ela ficou com o coração mole. Era verdade, eu tinha um encontro, mas não ia estar sempre com Dianne, porque depois do jantar ela tinha que ir para casa ter com a menina dela. Para além disso, se eu ia morrer pelo menos que aproveitasse a vida à minha maneira.
Olhei-me ao espelho arranjando a minha camisinha, continuava a não ser muito de usar estas coisas, eram apertadas e eu gostava de andar à larga, mas a Dianne gostava, ela dizia que eu ficava bem de fato e agora, apesar de não ir de fato ia de uma forma mais formal. Agarrei no telemóvel e na carteira, juntamente com as chaves de casa e do carro e assim que recebi uma mensagem dela a dizer que estava a sair de casa, fiz o mesmo. A minha mãe pediu para não voltar tarde, o meu pai apenas me desejou boa sorte, se ao menos ele soubesse quem era... já não ia desejar decerteza
O jantar correu tal e qual eu esperava, mas infelizmente, o que é bom acaba depressa e assim que recebeu um telefonema ela disse logo que tinha que ir.
-Se ela estiver com febre, podes ligar à minha mãe, tenho a certeza que ela não se importa - disse acompanhando-a até ao seu carro. Ela suspirou, estava extremamente preocupada, até eu estava, mas sabia que ia ficar bem.
-Até amanhã Jayden - sorri-lhe acenando e fui até ao meu carro. Tinha combinado com os meus amigos, que não eram nada betinhos, como me chamavam a mim, ir a uma discoteca, por isso lá ia eu.

Apesar de não querer, acabei mesmo por ter de ir a casa. O vestido que tinha era demasiado formal para sair. Abri a porta devagar, espreitando e levantei uma sobrancelha quando não ouvi barulho. Ele tinha saído? Fiz uma careta, entrando e fui até à cozinha, vendo um papel em cima da mesa.
''Visto que não queres a minha companhia, fui ter com quem a queira. Mas não te livras de mim, xuxu,
Josh.''
Revirei os olhos, odiava quando ele se punha com aquelas coisas pindérias. Amachuquei o papel, deitando-o fora e encolhi os ombros, eu também ia tratar de arranjar companhia. Fui até ao meu quarto, despindo-me pelo caminho e quando lá cheguei, enfiei-me na casa de banho, tomando um banho rápido. Enrolei o corpo numa toalha, secando-o quando saí da banheira e fui de volta ao quarto onde vesti o vestido que tinha escolhido. Era vermelho, curto e justo, perfeito para sair. Saltitei até à casa de banho, esticando-me para me conseguir ver ao espelho, dando uma pequena voltinha. Eu gostava de sair, ao menos enquanto bebia e dançava não pensava em tudo o que tinha acontecido e tudo o que tinha de fazer, dava para desanuviar a cabeça. Coloquei um pouco de maquilhagem, arranjando o cabelo e calcei-me, saindo de casa e apanhando um táxi para que me levasse até à discoteca.

-Eh lá hoje vens todo bem arranjado - a única rapariga do grupo, Natacha, estava a agarrar-me pela camisa, já toda bebada, eu é que a afastei, rindo-me.
-Acalma-te lá Nach, não quero apanhar porrado hoje. - disse olhando meio de lado para Jared.
-Oh, tu sabes que ele não se importa - fez um sorriso todo maroto, mas lá me largou para ir ter com o namorado. Abanei a cabeça olhando em volta. O ambiente estava bom por isso ia ficar por ali, aproximei-me do balcão e disse o que queria à empregada, agarrando logo no meu corpo para ir para a pista de dança. Eu tinha era um pequeno problema, a bebida a mim afectava-me rápido e quando eu dei por mim, já ia no terceiro copo.

Aquela era única discoteca que eu frequentava, quer dizer, sem contar com as que ficavam fora dali, mas aquela era a que tinha o ambiente melhorzinho.
- Até logo Roni.- estiquei-me no banco, de modo a beijar a bochecha do condutor e vi-o sorrir, enquanto abanava a cabeça.
- Espero não te vir buscar em muito mau estado.- ele olhou-me pelo espelho retrovisor e sorri-me amavelmente. Ele era amigo do meu pai desde que os dois eram criança e eu sempre me tinha dado bem com ele. Era ele que me trazia e levava de volta para casa quando eu saía à noite. Abri a porta, saindo do carro e ajeitei o vestido. Pelo menos não tinha de lhe pagar, tinha as suas vantajens e ele era querido, e fazia lembrar-me o meu pai. Abanei a cabeça. Hoje não era noite para pensar nisso. Passei uma mão pelo cabelo, endireitando-me e entrei na discoteca, começando logo a mexer o corpo ao som da música enquanto me dirigia para o balcão. O ambiente estava agradável e a música propícia a se fazer coisas impróprias. Mordi o lábio, sentando-me no banco e debrucei-me no balcão, olhando para Rafael, o empregado. Chamei-o com um dedo, como sempre fazia, e quando ele chegou, agarrei-lhe na camisola, espetando-lhe um beijo nos lábios. Eu e ele já tínhamos tido momentos interessantes, ajudava-o a fechar a discoteca, se é que me entendem.
- Olha que hoje o meu patrão está cá.- disse ele enquanto se endireitava, olhando-me com um sorriso travesso. Encolhi os ombros e olhei para as bebidas atrás dele.
- Se quiser também pode participar.- mexi as sobrancelhas e ri-me baixinho da sua cara.- quero qualquer coisa rosa, rosa e forte.- bati palminhas e enquanto ele preparava, virei o banco na direcção da pista de dança, levantando uma sobrancelha quando o vi lá. O que é que ele estava aqui a fazer. Uhm, e estava sozinho.- perfeito.- murmurei enquanto passava a língua pelos lábios e levantei-me, furando as pessoas até conseguir ir para ao pé dele.- não sabia que existia um rebelde por de trás do fato e da gravata.- meti-me com ele.

Abri os olhos, depois de os ter fechado durante alguns minutos e vi uma rapariga a olhar para mim, era gira, quer dizer, da maneira que eu estava toda a gente era gira. Sorri-lhe de volta e estava a ir de volta para o balcão ter com os outros que estava a olhar para mim, sim, eles gostavam de me ver bêbado e ficar a ver, mas senti alguém a impedir-me o caminho por isso parei e olhei para baixo. Consegui distinguir os seus traços a tempo de não trocar o nome - Ivy. - disse não tentando esconder o tom de meio surpreendido, meio alcoolico - Eu não uso gravata - ri-me.

Bem, ele estava pior do que o que eu pensava. Nunca tinha pensado que ia ver o riquinho daquela forma, mas vendo as coisas de outra perspectiva, aquilo podia ser muito mais vantajoso para mim do que o que eu pensava. Mordi o lábio discretamente e mexi as sobrancelhas. Se calhar ia conseguir umas belas coisinhas esta noite. Olhei para o seu peito quando ele disse que não usava gravata e acabei mesmo por deslizar um dedo por ele.
- Mas estavas com uma de tarde.- encolhi os ombros e estiquei-me para a sua bebida, tirando-lha da mão e dando um gole.- os teus pais deixam-te sair à noite? - gozei.

Olhei para a zona do meu peito, onde a minha camisa devia estar apertada, mas alguém já a devia ter desapertado, ou então tinha sido apenas eu. - Mas isso é porque tem que ser - disse encolhendo os ombros. Tinha que ser, tinha que ser, tinha que ser mesmo. O meu pai obrigava-me, mas eu nãoia dizer isso porque ela ainda gozava. Revirei os olhos quando ela perguntou se os meus pais me deixavam sair - tenho dezoito, não tenho dezasseis - resmunguei dando meia volta para tentar ir ao bar.

- Uhh, acabei de aborrecer o meu patrão? - mordi o lábio e revirei os olhos quando ele continuou a tentar ir para o bar, mas a verdade era que no estado em que ele estava não chegava a sair do sítio onde estar.- não me queres mostrar os teus dotes de dançarino? Ainda tens aqui bebida.- virei-o para mim, dando-lhe de novo o seu copo.- é melhor não beberes mais ou amanhã não te aguentas atrás da tua secretáriazinha.- apertei-lhe o botão da camisa e depois agarrei na sua mão.- anda dançar, faz bem.

-Eu não sou o teu patrão, eu não estou na empresa - disse olhando-a enquanto abanava a cabeça e ainda bem que ela me impedia de ir ao balcão porque eu estava a tropeçar nos pés das outras pessoas. Olhei para a bebida, agarrando no copo fazendo-lhe uma cara de mau - o copo é meu e eu não trabalho atrás de uma secretária - reclamei e fui baixando a cabeça até chegar ao seu ouvido - é atrás de uma máquina - disse baixinho mas suficientemente alto para ele ouvir. Olhei para a minha camisa depois de apertar o botão e deixei-me ser puxado por ela começando a dançar quando deu uma nova música.

Levantei uma sobrancelha quando ele disse que não estava na empresa e só quando me falou ao ouvido é que eu percebi. Pelos vistos o riquinho era modelo, hm..ainda tinha de pensar sobre isto. Puxei-o para o meio da pista e mesmo só para o provocar, voltei a roubar-lhe o copo, dando-lhe um gole e começando a mover o meu corpo ao som da música. Coloquei-me de costas para ele, encostando o meu corpo ao seu e fui roçando-me. Voltei a virar-me, colocando-me em biquinhos dos pés e quando consegui, cheguei a boca à sua orelha.
- Ainda bem que não és meu patrão.- sussurrei, mordendo-lhe o lóbulo da mesma, tudo sem deixar de dançar.

Deixei que ela me puxasse para onde quer que fosse e olhei em volta, vendo as pessoas todas aos saltos e as luzes, eu estava tão mal. Não, isto não era só bebida, isto era os meus remédios e a bebida juntos. Eu ficava tão mocado. Revirei os olhos quando vi o meu copo sair-me das mãos, mas acabei por me marimbar para isso. Assim que ela se colocou de costas e se encostou a mim, automaticamente lhe agarrei na sua cintura roçando o meu nariz no seu pescoço. Olhei-a quando se virou e chegou à minha orelha fechei os olhos - eu sou teu patrão. Eu contratei-te.