Loja de Surf

Tinha acabado de chegar ao Brasil, após ter saído do meu quarto de hotel, fui procurar algo que me desse pica. Acabei por encontrar uma loja de surf e entrei, observando as vistas.

Estava muito calor e apetecia-me fazer algo fresco, e como eu já sabia surfar entrei na Loja de Surf que parecia ter coisas bastante interessantes.

Ouvi um barulho na loja e olhei, era uma gaja por acaso bem boa. Olhei-a de alto a baixo, baixando os óculos de sol.
- Olá... - Cumprimentei, com um sorriso perverso.

Olhei para ele de cima a baixo também e sorri, mordi o lábio e respondi:
- Olá

Continuei a sorrir.
- Sabes surfar? - Perguntei. E aposto que sabes fazer muitas outras coisas... Acrescentei mentalmente.

- Sim sei surfar, tu não? - respondi com um sorriso simpático
Continuei a olhar para as pranchas que pareciam ser bem interessantes e ao mesmo tempo olhando perversamente de lado para ele.
És bem bom - pensei

Encolhi os ombros.
- Óbvio que sei. - Ri-me, convencido. - Queres ir apanhar umas ondas? - Arqueei a sobrancelha.

Prepara-te para levar uma abada - avisei dando uma cotovelada no seu braço.

Ri-me e pedi duas pranchas emprestadas, dando-lhe uma delas.
- Eu nunca perco. - Desafiei-a.

Veremos - pensei para mim mesma, pegando na prancha.

Soltei uma gargalhada sarcástica e ambos avançámos para praia.

Assim que aterrei no Brasil percebi que isto é um sitio bem diferente do que estou acostumada. Muitas pessoas de um lado para o outro. Não me apetecia ir para o hotel então decidi chamar um táxi para levar as minhas malas até lá e fui dar um passeio a pé pela cidade. A primeira loja que me chamou a atenção foi a loja de surf, lembrei-me que precisava de uma prancha nova e entrei para dar uma vista de olhos.

Saí de casa para um dia como todos os outros: de trabalho. Cheguei à loja e cumprimentei todos os que se encontravam na rua. Entrei e fui para trás do balcão cumprimentando também o meu bro, Jack. Olhei a loja e vi uma rapariga bonita e nova, pelo menos por aqui. - Precisas de ajuda? - perguntei do balcão.

Olhei-o de alto a baixo, era lindo! - Estou há procura de um prancha nova. - disse , um pouco envergonhada.

Assenti olhando-a e apontei para umas pranchas acabadas de chegar. - Aquelas são fixes - fui buscá-las e mostrei-lhe. - Depois se quiseres mando pôr logotipos da Volcom ou assim - sorri-lhe.

Ele parecia simpático. - Eu não trouxe a minha, mas mal cheguei cá percebi que foi um enorme erro. Acho que vou levar essa. - apontei para a única de que gostei. - Vendem também os autocolantes aqui? - perguntei.

Assenti e fui buscá-la. - Esta é fixe... - olhei bem para a prancha e entreguei-lhe para que pudesse vê-la melhor. - Sim, temos. E tens sorte porque temos de todas as marcas - sorri-lhe.

Retribui o sorriso. - Ainda bem. Queria um da vans e da rip curl por favor. - pedi-lhe com um ar delicado e um pouco envergonhado. Não percebo o porquê de estar a reagir desta forma, parecia uma criança.

Assenti e fiz sinal a Jack para atender o pedido. - Então és nova por aqui? - meti conversa pegando numa prancha, fingindo-me indiferente para não parecer assim tão desesperado.

Sorri levemente. - Sim sou, mas não devo ficar muito tempo. - Fiz uma breve pausa e olhei para o chão. - Não conheço nada nem ninguém aqui, foi má ideia ter vindo.

Arregalei os olhos. - Calma! Não te arrependas, pelo menos não já! - aconselhei. Tirei do bolso das calças um panfleto com a minha próxima festa. - Aparece, é muito fixe e vais ver que esse arrependimento todo não dá em nada - sorri e entreguei-lho.

Olhei para o panfleto com ar um bocado admirado. - Estas festas não fazem de todo o meu género. És tu que organizas isto? - Reagi bastante mal, espero que ele não leve a mal esta reacção mas estas festas só me trazem más recordações.

Assenti. - Sim, sou - respondi. - E esta loja também é minha - adicionei. - Vá, tens de vir a esta festa, por favor - fiz um ar adorável ( tipo à geitoeira ).

Quem podia resistir àquela cara? pensei. - Está bem eu vou. Mas já sei que vou ficar lá forever alone, vais-me abandonar e so te "conheço" a ti. - fiz aquele sinal de aspas com os dedos. Na verdade nem a ele eu conhecia.