Iraque

Assenti com a cabeça à sua pergunta, chegando o seu corpo mais para junto do meu e subi as mãos até à parte de trás do seu pescoço, agarrando-o pelo mesmo quando me beijou, gesto que me fez sorrir contra os seus lábios.Ri-me com o que disse, encolhendo os ombros e cheguei-me também mais para ele.
- Não sei, queres testar para ver se resulta? - perguntei com um sorrisinho enquanto roçava os meus lábios nos seus.

Já estava a ficar tão mentalizado que gostava de estar com ele que já nem pensava em não fazer aquilo que queria. Senti-me arrepiar devido ao seu toque e encostei-me mais a ele instintivamente. Ri-me quando ele se riu e acho que pela prim.. nah, fiquei todo vermelho na mesma. - Quero - assenti com a cabeça já só a olhar os seus lábios e acabei mesmo por beija-lo mais uma vez colocando uma mão por cima dele, chegando até às suas costas, puxando-me para mim.

Soltei um suspiro agradado com a nossa proximidade e fiquei a olhar para os seus olhos, ao mesmo tempo que continuava a roçar os meus lábios nos seus, e sorri assim que o vi assentir. Isto começava a ser tudo tão normal para nós que eu já não me sentia desesperar sempre que pensava nele ou no que íamos fazer, neste caso, não me sentia desesperar por ter tanta vontade de o beijar, ou por o ir mesmo fazer. Aproximei a minha cabeça da sua assim que vi os seus olhos presos nos meus lábios e fiz o mesmo, olhando para os seus até os sentir nos meus. Fechei os olhos de forma instantânea, apertando ligeiramente o seu cabelo na minha mão e cheguei-me o mais para ele que consegui, aprofundando o beijo aos poucos.

Se me encostasse mais a ele neste momento ele ia parar ao chão, por isso puxei-o para que fosse ele a aproximar-se e passei as mãos pelas suas costas musculadas. Aquilo era tão estranho e bom. Se ele me perguntasse agora se estava a resultar eu responderia que sem dúvida estava, ele conseguia ocupar-me por completo a cabeça.

Eu tinha a estranha impressão de que estava prestes a cair da cama abaixo, mas não estava minimamente preocupado com isso, pelo menos era uma maneira de me poder chegar mais para Daniel para não cair, e foi isso mesmo que aconteceu quando ele me puxou contra o seu corpo. Suspirei contra os seus lábios ao sentir o seu toque nas minhas costas e apertei ligeiramente o seu cabelo nas minhas mãos, não parando de mover os meus lábios contra os seus à medida que aprofundava o beijo. Eu sabia que íamos ter de parar mais tarde ou mais cedo, não tardaria até que as pessoas começassem a chegar, mas para ser sincero, eu preferia que fosse mais tarde.

Quando dei pelas minhas mãos, uma delas já estava no rabo dele e outra no cabelo. Sim era mesmo melhor parar por ali. Abri os olhos começando a acabar com o beijo e depois ainda lhe deu outro de novo deixando que a minha cabeça se encostasse ao seu peito mais uma vez, ficando de olhos fechados - a Karen vai zangar-se - murmurei.

Soltei um suspirinho prazeroso ao sentir o seu tpque pelo meu corpo e tal como eu previra, o beijo cessou pouco depois. Separei os meus lábios dos seus com uma expressão descontente, mas assim que o senti encostar-se a mim, levei de imediato as minhas mãos até às suas costas, fazendo-lhe festinhas nas mesmas.
- Não quero saber.- murmurei quando falou na Karen.- o mais importante era trazer-te para cá.- apertei-o ligeiramente contra mim, encostando a minha cabeça à sua.

Fechei os olhos quando encostou a cabeça dele à minha e puxei as mantas mais para cima passando os dedos pelo meu cabelo. - Preciso de ir ver o pirralho - murmurei, infelizmente só podíamos ir depois deles virem visto que tinha a certeza que alguém vinha pedir justificações a um de nós.

Era impressionante como tinha acabado de o beijar mas mesmo assim tinha vontade de o beijar de novo, era como se nunca ficasse satisfeito, e não ficava mesmo. Abri os olhos quando falou de Max e assenti, eu também queria ir vê-lo.
- Se quiseres podes ir agora.- disse.- eu fico aqui e depois vou ter com vocês, se não for proibido de sair.- fiz uma careta, encolhendo os ombros logo depois.- também não interessa, eu consigo sair na mesma.

Abanei a cabeça quando ele disse que podia ir embora e sentei-me na cama puxando-o para mim para que não caísse. Escorrei por ela a baixo encostando a minha cabeça à dele e passei os dedos pelo seu cabelo. Apesar de já ser normal ainda pensava porque é que ficava assim com ele e nunca tinha ficado assim por outro rapaz. - Não vais arriscar-te a sair às escondidas.

Encostei-me ao seu corpo quando me puxou para mais perto dele, impedindo-me de cair da cama abaixo e depois, cheguei-me novamente para ele quando se deitou. Escondi a minha cara na cavidade do seu pescoço, roçando o meu nariz lá e fechei os olhos com um suspiro. Isto começava-se a tornar tão normal que eu até já nem estranhava, apesar de continuar a ser estranho.
- Se eles me proibirem vou.- encolhi os ombros.- não vou deixar de ver o Ben por causa deles.- abracei-me ao seu corpo.- e nem vale a pena tentares, não vou mudar de ideias.

Senti um arrepio pelo corpo todo quando ele roçou o seu nariz no meu pescoço e apertei-lhe a camisola que ainda agarrava com um suspiro ao sentir a sua respiração embater lá. Oh meu deus, aquilo... - Brad - murmurei baixinho afastando-o devagarinho - tem... - fiquei a olha-lo enquanto mordi a parte de dentro da bochecha - tem cuidado. - acabei por soltar um risinho ainda a sentir-me todo arrepiado. - Eu não vou tentar mudar-te as ideias.

Abri os olhos quando senti a pele do seu pescoço arrepiar-se contra o meu nariz e foi impossível não sorrir, cada vez mais tinha a certeza do meu efeito nele. Deixei que me afastasse, ficando a olhar para ele e ri-me, tal como ele, passando depois as pontinhas dos meus dedos pela sua bochecha.
- Eu não quero ter cuidado.- abanei a cabeça, puxando-o contra o meu peito.- eu gosto de te ver assim por minha causa.- confessei, baixando a cabeça para roçar de novo o meu nariz no seu pescoço.- não vou ter cuidado.- murmurei, mais uma vez e ao nariz, juntei os meus lábios, traçando um caminho de beijos pelo mesmo.

Fiquei a olha-lo meio corado enquanto passava os dedos pela minha bochecha e não consegui não abrir um pouco os olhos quando disse que não queria ter cuidado e ainda me puxou contra ele. Fechei os olhos logo de imediato ao senti-lo de novo a roçar o nariz no meu pescoço e suspirei baixinho mordi o lábio com força para não me perder, pelo menos não agora. Levei uma mão ao cabelo dele ao afirmar que não ia ter cuidado e não consegui não gemer baixinho encostando-me involuntariamente mais a ele enfiando a mão dentro da camisola dele, só não enfiando na parte de baixo porque estava a controlar-me mentalmente para não o fazer.

Eu gostava disto, eu gostava de saber que conseguia metê-lo assim, que ele ficava assim por minha causa e não por causa de outro ou outra qualquer, eu gostava dele. Sim, eu gostava dele. Sorri contra a pele do seu pescoço, com os meus próprios pensamentos e acabei por não resistir em passar a língua pelo mesmo, subindo depois com a cabeça até à sua, até conseguir encostar os meus lábios nos seus. Soltei um suspiro agradado com o seu toque nas minhas costas e apanhei o seu lábio inferior com os meus dentes, enfiando também as minhas mãos dentro da sua camisola, mas na parte da frente. Eu podia ter passado muito tempo a negá-lo, mas agora podia dizer que queria mais do que tudo.

Eu não aguentava mais, eu não aguentava mesmo mais. Estava a tentar concentrar-me nos meus pensamentos para parar de tentar ligar ao seu toque, mas a língua dele.. os dentes dele.. só me apetecia desatar a gemer como a Karen fazia, ou melhor, como ele tinha dito que ela fazia. Respirei fundo tentando arranjar ar para me acalmar em todos os sentidos e passei as pontas dos dedos pela sua barriga delineando-a com a ponta dos meus dedos com um suspiro, saltando depois para cima dele.

Abri os olhos a algum custo, visto que o toque dele ne deixava desnorteado, e sorri ao ver que ele se sentia tal e qual como eu, dava para ver pela sua cara. Senti a minha barroga contraír-se ao seu toque e mordi o lábio con força para não gemer, não queria parecer uma menina. Deixei que viesse para cima de mim, sendo a minha vez de passear as mãos pelo seu corpo e ao mesmo tempo que me esticava para alcançar os seus lábios, comecei a subir-lhe a camisola. Já não restavam dúvidas de que era isto que eu queria, de que era ele que eu queria, por mais que parecesse errado para os outros, para mim, era o mais correcto.

Já tínhamos feito isto milhares de vezes, mas nada que passasse disto. Eu estava tão farto de ser interrompido, e por mais que eu quisesse isto, não queria ser apanhado mais nenhuma vez, nem que ele fosse uma ela. Mesmo assim, larguei os seus lábios para passar os meus pelo seu pescoço fazendo com que a cabeça dele pendesse para trás, para eu conseguir beija-lo como deve de ser. Tirei a minha camisola quando a sentir ser puxada para cima e agarrei-me mais a ele já com a respiração toda descontrolada. Eu já estava todo descontrolado. Todo.

Ainda eu estava a tentar tirar-lhe a camisola quando senti os seus lábios irem parar ao meu pescoço. Fechei os olhos de imediato, soltando um suspiro prazeroso e pendi a cabeça, sentindo todo o meu corpo arrepiar-se. Eu matava quem nos interrompesse agora, eu precisava tanto de estar com ele. Passei as mãos pelo seu peito despido, mordendo o lábio com força ao sentir os seus abdominais por debaixo das mesmas e foi então que o meu pior pesadelo se tornou realidade.
- Bradley! - ouvi Karen gritar enquanto se aproximava.

Ia subir-lhe também a camisola e vira-la em farrapos quando ouvi uma voz feminina chamar o nome dele. Levantei a cabeça com uma cara toda possuída. Eu já sabia! Eu já devia saber! Levantei-me num salto sentindo-me logo quase cair para o lado, por causa de ainda não estar propriamente forte, mas não foi isso que me impediu de ir até à porta da tenda antes que eles, Karen e outro, entrassem.
-Saiam da minha tenda - gritei-lhes verdadeiramente irritado.

Eu não conseguia perceber, mas era mais do que óbvio que tínhamos alguma espécie de força sobrenatural contra nós, ou melhor, o que é que tínhamos a nosso favor? De todas as vezes que tinhamos tentado alguma coisa tinhamos sido sempre interrompidos, sempre! Ainda estava a debater-me com os meus próprios pensamentos quando vi Daniel sair todo disparado da tenda e depois, já só se ouviu o seu berro. Levantei-me de repente, apesar de me estar a apetecer fazer o mesmo que ele e apareci à porta da tenda, tocando-lhe levemente no braço enquanto via Karen olhá-lo furiosa.
- Quem pensa o soldado que é para me gritar dessa forma? - perguntou rigidamente.
- Não lhe fales assim.- disse, pouco me importando com o outro.
- O que é que eu quero? - desta vez ela dirigiu a atenção para mim.- tu estás mesmo com vontade de ir para casa mais cedo e deixar aqui o teu amiguinho, não estás?

Aquela general dava-me cabo dos nervos, primeiro tinha andado com ele, depois só nos lixava, depois ainda tinha posto uma rapariga aqui no meio, e uma rapariga deveras irritante, e AGORA ISTO. Fiz-lhe um olhar de morte e não me controlei mais agarrando-me à cabeça. Era tudo ao mesmo tempo. E depois ela tinha dito aquilo. Tinha ameaçado manda-lo embora, se ele ia embora eu morria e para além disso... Nem cheguei a acabar os meus pensamentos de forma coerente porque virei costas ainda com as mãos no cabelo e grito frustrado andando de um lado para o outro até me acalmar.

Eu sabia que tinha feito asneira, mas sinceramente, não estava nem um bocadinho preocupado, eu sabia muito bem que ela não era capaz de me mandar embora.
- Era só isso que tinhas para me dizer? - perguntei e quando abri a boca para lhe perguntar uma outra coisa, Daniel voltou a gritar.
- O que é que..
- Ele estã perturbado com as coisas que têm acontecido.- interrompi-a.- deixa-o em paz e diz logo qual vai ser o meu castigo.- revirei os olhos, vendo-a endireitar-se.
- Eu não vim castigar-te.- encolheu os ombros.- precisamos de denasiados soldados para ps estar a desperdiçar com castigos.- disse, mas da próxima vez, vais para casa. Eu não tinha medo deles e ia repeti-lo quantas vezes fossem precisas, ainda para mais se gosse para ajudar Daniel.
- Força.- murmurei apenas e virei-lhe costas, fechando a tenda atrás de mim quando entrei. Fixei o meu olhar em Daniel, que andava de um lado para o putro e abanei a cabeça com um suspiro, puxando-o para o abraçar.- tem calma.- pedi, encostando a minha cabeça à sua.- ela já foi embora, já está tudo bem.

Acabei por parar atrás de Brad de braços cruzados enquanto olhava para os dois e como não conseguia ficar ali parado voltei a andar de um lado para o outro, só sentindo depois o corpo de Brad. Deixei a cabeça cair no seu ombro abraçando-me ao seu tronco com força e de olhos fechados relaxando assim um pouco.
-Eles ainda estão na minha cabeça - acabei por dizer baixinho mas nem deixei que ele dissesse alguma coisa - podemos ir ver o Ben? - perguntei. Tanta coisa tinha-me deixado inquieto e preocupado com ele.

Apertei-o contra o meu corpo, sentindo-o fazer-me o mesmo e acabei pot soltar um putro suspiro, nunca devia ter começado bada, já devia saber que íamos acabar por ser interrompidos, como sempre. Passei as mãos pelas suas costas, para o tentar acalmar e nal o ouvi falar levantei logo a cabeça, pronto para lhe fazer prtguntas quando ele me interrompeu com outra. Mordi a parte de dentro a da bochecha com força e decido deixar a conversa para depois, assentindo.
- Podemos.- murmurei.- mas precisas de te acalmar, não queres que ele te veja nesse estado.- disse, acariciando-lhe a bochecha e apenas trespassei com os meus lábios nos seus, afastando-me logo, era melhor estar quieto.