Iraque

Arregalei de novo os olhos mal ouvi o seu gemido e baixei o olhar para ele, juntando as sobrancelhas, se calhar tinha feito força demais.
- Aleijei-te? - perguntei baixinho, revirando os olhos por continuar a teimar. Agarrei-lhe no queixo, subindo a sua cara na direcção da minha e comecei a aproximar os meus lábios dos seus.- tens a certeza?

Abanei a cabeça para negar à sua pergunta, aquilo tinha sido mais um gemido de surpresa do que de outra coisa.
-Não, eu estou bem - disse passando as pontas dos dedos pelo seu peito sem sequer sentir a minha mente dar licença àquele ato. Abri muito os olhos quando ele levantou a minha cara e puxou o meu queixo e olhei os pelos seus olhos só ouvindo alguns segundos depois dele ter falado o que ele tinha dito - sim - murmurei.

Senti-me arrepiar ligeiramente assim que senti os seus dedos passarem pelo meu peito e mordi-me todo para não sorrir, soltando um suspiro com a sua resposta. Acho que nunca tinha conhecido ninguém tão teimoso m toda a minha vida.
- Então está bem.- encolhi os ombros, deixando a minha cabeça cair no chão. Fiquei a olhar para o tecto da tenda.

Sorri ao perceber que o tinha deixado novamente amuado e apenas voltei a deitar a cabeça voltando aos meus desenhos imaginários, acho que agora estava para além de maluco, mas parecia que não me importava muito com isso.
-Porquê? Queres que eu tenha ciúmes? - perguntei apoiando-me no chão para conseguir aproximar-me mais dele tendo agora o seu pescoço muito perto do meu nariz.

À medida que ele continuava a deslizar o seu dedo pelo seu peito, mais a minha pele se arrepiava, fazendo-me soltar um suspirinho ao fim de algum tempo. Abri os olhos mal ele falou e revirei-os apesar de ele não ver, ainda ficava estrábico ou coisa parecida.
- Eu não quero nada.- disse, engasgando-me logo todo a seguir, mal senti a sua respiração embater no meu pescoço.- oh meu deus.- murmurei de forma inaudível, fechando os olhos.

Sorri levemente quando o vi arrepiar-se e, apesar de na minha mente eu estar a chamar-me nomes, principalmente de maluco, passei a mão pelo seu peito, deslizando até ao seu pescoço.  Quando o vi de olhos fechados foi quase um incentivo para que eu aproximasse os meus lábios do seu pescoço, começando a beija-lo devagarinho.

Mal a sua mão foi parar ao meu pescoço, eu fechei os meus olhos com força, sustendo ligeiramnte a respiração, eu ia morrer, e ia ser um morte tão boa. Mordi a parte de dentro da bochecha com força, para não gemer, mal senti a sua boca em contacto com a minha pele e apertei o tecido da sua camisola na minha mão. Era desta que eu era mandado para casa por insanidade mental.

Para além de ser bom, eu estava a gostar de o provocar, era bom saber que eu era bom o suficiente para ele se ficar naquele estado por minha culpar. Rocei o meu nariz na zona entre a sua orelha e o seu maxilar e ajeitei-me em cima dele, isto simplesmente saía, porque se eu estivesse a pensar acho que já tinha fugido dali só de vergonha.

Oh meu deus, eu ia virar católico à custa disto, como é que era possível ele colocar-me naquele estado? O que é que ele tinha para me por assim? Quer dizer, eu até sabia o que é que ele tinha, mas era melhor nem ir por aí. Entreabri os meus lábios, ao sentir a sua respiração perto da minha orelha e ajeitei-me debaixo dele, acabando por enfiar a mão dentro da sua camisola.

Senti o meu corpo estremecer quando ele levou a mão dele dentro da minha camisola e acabei mesmo por lhe morder o lóbulo da orelha. Fechei os olhos viajando com a minha boca até à dele e passei os nossos lábios um pelo outro para depois os beijar, levando novamente a minha mãe marota até ao seu peito.

Acabei mesmo por soltar um gemido ao sentir os seus dentes, era hoje que íamos acabar o que tínhamos começado? É qie se não era, ele já estava a colocar-me bastamte animado. Voltei a gemer contra os seus lábios, enfiando mais as mãos dentro da sua camisola e passei-as pelo seu peito. Ai aqueles abdominais..só me dava vontade de tocar e morder e..comporta-te Bradley! Encostei a minua testa à sua, sentindo a sua mão no meu peito e voltei a puxá-lo para o beijar.

Alguém me tinha que fazer parar porque eu não conseguia. Talvez uma bomba? Um novo atentado... Não, esperava que isso não acontecesse, mas pior do que isso seria se alguma pessoa, como por exemplo, Karen nos apanhasse, aí sim, a bomba ia explodir mesmo ao pé de nós. Sorri contra os seus lábios, agradado com o seu gemido e levei a mão que não estava a ir para baixo da sua camisola até ao seu cabelo. - Eu não tenho tanta certeza que não queiras que eu tenha ciúmes - murmurei quando afastei os nossos lábios durante uns centimetros.

Iam interromper-nos outra vez? É que se iam, eu precisava que alguém me avisasse, antes que eu ficasse ainda mais animado do que o que já estava. Deslizei uma mão pelas suas costas, deixando a outra no seu peito e puxei-o mais para mim pelo rabo, esticando a cabeça à procura dos seus lábios quando o ouvi falar. Sorri com o que ele disse e deixei cair a cabeça.
- E eu não tenho assim tanta certeza de que tu não os tens.- murmurei, abrindo os olhos para o olhar.

Isto era muita tensão, eu já sentia o meu corpo todo a arder e já estava demasiado animado. Aquelas mãos faziam-me arrepiar todo e faziam-me suspirar por todos os lados. Olhei para os seus lábios enquanto ele falava e revirei-lhe os olhos.
-Eu não tenho - disse, nunca me tinha sentido assim nem com uma rapariga, é que nem era só naquele sitio especial, era por todo o lado. Estava todo a ferver.

Como se já não bastasse estar todo animado da cintura para baixo, os calores estavam a começar a aparecer, aqueles calores que eu só sentia com ele. Era hoje que eu ia desta para melhor. Baixei o olhar para os seus lábios, ouvindo-o repetir mais uma vez que não tinha ciúmes, e eu revirei os olhos, como sempre.
- Então não digas que eu quero que tenhas.- estiquei-me até colar os meus lábios aos seus.- eu percebo que não queiras admitir, princesinha.- disse e beijei-o logo para o calar.

Ia mesmo acontecer não ia? Ia mesmo, tinha que acontecer porque eu não aguentava mais, por mim já estava todo nu. Senti-me corar, mais uma vez, perante os meus pensamentos e puxei-lhe a camisola toda para cima passando as mãos pelos seus abdominais, apalpando-o como eu sempre queria fazer e nem liguei às coisas que ele disse continuando sempre a beija-lo.
-Hmhm - ouviu-se um clarear de voz que fez o meu coração saltar do peito, levantei a cabeça de repente e olhei para traz, ao ver que era uma rapariga que eu nunca tinha visto na minha vida semicerrei os olhos com uma expressão nada amigável. Estava capaz de a matar neste momento.
-Quem és tu? - perguntei meio entredentes.

Contrariamente ao que eu pensava, ele não reclamou de nada do que eu disse, pelo contrário, agarrou-se ao meu corpo e começou a puxar-me camisola para cima e tocar-me de uma forma que só me fazia querer gemer. Agarrei no tecido da sua camisola, começando a puxá-la pra cima também e acabei mesmo por gemer baixinho contra os seus lábios. Eu juro, se nós fôssemos interrompidos desta vez, eu ia matar alguém, com as minhas próprias mãos. Ainda estava a tentar tirar-lhe a camisola quando uma tosse forçada ecoou pelos meus ouvidos. Não, eu estava maluco mas não estava a delirar. Levantei a cabeça de repente, vendo uma gaja mesmo à nossa frente e primeiro arregalei os olhos, mas senti-me ferver de raiva depois. Outra vez? A sério? Nós devíamos ter aquelas plaquinhas dos hotéis para colocar à porta: por favor não ignorar, é a segunda vez que estamos tentar fazer sexo !!!
- Acho que te enganaste na tenda, como podes ver, aqui são só homens.- normalmente, as raparigas tinham tendência para ficarem todas juntas, por isso, não percebia o que é que aquela empata acontecimentos estava ali a fazer.

Não mudei a minha posição até porque era demasiado embaraçoso eu fazê-lo, para além disso, mal o conseguia fazer, ainda tinha algumas dores, eu não cicatrizava nem curava rápido por causa da doença que tinha. Continuei a olhar para a gaja que começou a sorrir face às nossas expressões irritadas e só me apeteceu dar-lhe um tiro no meio da testa. Era melhor ter cuidado com os meus pensamentos antes que virasse louco e o fizesse mesmo.
-Desculpem - riu-se puxando as malas para dentro - eu sou nova, não estou enganada, mandaram-me para aqui. - apontou para o número da vossa tenda
-O quê? - cerrei o maxilar eu... eu ia morrer, eu já não conseguia mais. Fechei os olhos durante uns segundos para depois respirar fundo e não a matar já - Sai - apontei para a rua e vi-a arregalar os olhos - Sai - mandei outra vez ligeiramente mais alto, depois olhei para Brad com a mesma expressão chateada - ajuda-me a ir para cama, quero dormir - resmunguei.

Não, não, eu não estava a viver isto, isto não estava a acontecer? A sério? Oh, por favor, eu não merecia uma coisa destas. Levantei uma sobrancelha quando ela disse que ia ficar ali e quando ia dizer alguma coisa, já só ouvi Daniel mandá-la sair, todo furioso. Arregalei os olhos enquanto o olhava e ia dizer para ter calma, mas ele pediu-me que o ajudasse a ir para a cama.
- Tem calma.- acabei mesmo por dizer baixinho, só para ele. Tirei-o de cima de mim com cuidado e levantei-me, agarrando depois nele ao colo. Eu estava a cagar-me para a rapariga, ela já nos tinha encontrado um em cima do outra, não havia problema de pegar nele ao colo. Deitei-o na cama, puxando as mantas para cima dele e peguei na minha camisola, vestindo-a.- mete as tuas a um canto.- disse para a gaja.- tenta não ocupar espaço.- sorri-lhe cinicamente e virei-me de novo para Daniel.- eu já volto.- disse, baixando depois o tom.- não te passes.

Eu agora estava a ferver outra vez, mas era de raiva, estava tão furioso. Porque é que nunca me deixavam acabar aquilo que eu começava? O problema é que eu estava mesmo a ficar muito necessitado, eu acho que já só pensava nisso. Principalmente nele.. Suspirei quando me deitei e puxei as mantas todas para cima de mim, tal como tinha estado quando Brad me tinha amuado. - Eu vou dormir, não me vou passar - resmunguei baixinho fechado os olhos, ouvindo a gaja soltar um risinho quando Brad se foi embora. Só mesmo eu para ter uma sorte destas, é que só mesmo eu.

Suspirei quando me falou todo irritado, mas decidi ignorar, eu percebia que ele estivesse assim. Lancei um olhar à gaja antes de sair e vesti o meu casaco já lá fora, seguindo para a tenda de Karen. Eu apostava que tinha sido ela, nós não tínhamos assim tantas raparigas, havia espaço para ela nas outras tendas. Nós já mal cabíamos ali os dois, agora com aquela..Abanei a cabeça, soltando um suspiro pesaroso e quando lá cheguei, entrei de repente, apanhando-a em roupa interior. Fiz uma careta, recordando-me das coisas que tínhamos feito e endireitei-me, tentando não lhe vomitar para cima.
- O que é que pensas que estás a fazer? - ela guinchou.
- Isso pergunto-te eu.- murmurei.- onde é que tinhas a cabeça em enfiar mais uma pessoa na nossa tenda? - fulminei-a com o olhar.- tu fizeste de propósito não fizeste? - apontei-lhe um dedo.- nós já mal cabemos ali os dois.- ela riu-se enquanto me olhava e vestiu apenas a camisola.
- A vida é injusta não é Bradleyzinho?

Adormeci ao fim de algum tempo, se bem que já tinha dormido tanto hoje que não foi tanto como gostaria. Quando estava cansado a sério mal sonhava, ou se sonhava apenas acordava assustado e não me lembrava de nada a seguir, mas quando estava com o sono leve era dificil sair do pesadelo assim que entrava nele.
-Vocês os dois - fiz uma careta quando ouvi uma voz que não era conhecida no meu pesadelo. Senti uma impressão na minha barriga e encolhi-me ligeiramente quando também senti o mesmo no meu pescoço - não querem tentar com mais uma? - Isto não estava a fazer sentido nenhum, mas eu não conseguia mudar o assunto do pesadelo nem acordar.

- Tira-a dali! - gritei-lhe, eu já me estava a passar com ela, só não dava cabo dela porque era superior a mim e era mulher, porque se não, já o tinha feito à muito tempo.- eu não a quero na minha tenda, tira-a dali! - falei sempre no mesmo tom, vendo-a depois aproximar-se de mim, mas não o suficiente.
- Eu não vou fazer nada disso, ela está muito bem onde está.- encolheu os ombros.- experimenta, pode ser que o sexo com ela seja bom.- dirigiu-me um sorriso cínico e foi aí que eu percebi. Abanei a cabeça, soltando um suspiro e virei-lhe costas, antes que perdesse a compostura.
- És tão triste.- murmurei e antes que ouvisse mais aquela voz irritante, saí dali. Eu só queria paz, eu só queria conseguir estar com Daniel de uma vez por todas, eu já não aguentava mais. Andei até à nossa tenda e assim que lá cheguei, abri-a, entrando e deparei-me com uma bela cena. A gaja em cima de Daniel, a tocar-lhe, como eu fazia. Cerrei o maxilar, sentindo-me ferver de raiva e fechei as mãos em punho.- peço desculpa interromper o momento.- falei entredentes.- eu vou deixar-vos em paz.- a sério? A sério? Era para isso que ela estava ali? Olhei para Daniel, sentindo o meu corpo tremer de tanta raiva e virei costas, saindo dali. Era agora que eu matava alguém de livre vontade.

Depois, a voz de Brad entrou no meu sonho e aí sim eu fiz uma careta e comecei a acordar. Tinha sido o sonho mais estranha à face da terra. Pestanejei algumas vezes para recuperar a visão e acabei mesmo por arregalar os olhos ao ver a outra, que eu nem sabia o nome, nem queria saber, praticamente em cima de mim.
-O que é que estás a fazer? - perguntei afastando-a de mim, passando as mãos pelo peito que doía mais agora e a culpa era dele que se tinha estado a esfregar toda.
-Oh vá lá, estavas a gostar - disse ela cruzando os braços. Levantei uma sobrancelha olhando depois para a entrada da tenda, começando a perceber aos poucos o que tinha acontecido. As vozes que eu tinha ouvido, eu não estava a sonhar, estava meio acordado.
-Ainda agora aqui chegaste e já fazes porcaria - disse entre dentes levantando-me com cuidado por causa das minhas dores. Não queria piorar mas também não ia estar ali a saber que Brad tinha ficado chateado. Pelo menos era o que tinha parecido. Engoli em seco quando saí e olhei para todos os lados, escolhendo ir para a direita por uma escolha à sorte.

Eu estava tão fora de mim que se continuasse assim ainda me dava uma coisinha má. Pela minha cabeça só passava a imagem daquela gaja praticamente em cima de Daniel, fazer-lhe o que eu lhe fazia. Isso estava a dar cabo de mim, eu não conseguia controlar, eu estava...com ciúmes? Oh que se lixe, sim, eu estava com ciúmes. Chutei uma pedra que se meteu no meu caminho com toda a força e soltei um grito, acabando por me sentar em cima de uma rocha, a apertar o cabelo nas minhas mãos. Se eu não me acalmasse, ainda era mandado para casa.